Copom, balanços fortes no Brasil e o tarifaço de Trump ; veja os destaques da semana

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15%, como já era amplamente esperado pelo mercado. O comunicado pós-reunião indicou cautela, sem qualquer sinalização de flexibilização da política monetária no curto prazo.

A expectativa da XP é que o ciclo de cortes comece apenas em janeiro de 2026, com cinco reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual, encerrando o ano com a Selic em 12,50%. A decisão reforça a postura vigilante do Banco Central frente aos riscos fiscais e inflacionários.

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Governo mantém IOF alto e garante reforço na arrecadação

A decisão de manter os decretos que aumentaram as alíquotas do IOF pode gerar uma arrecadação extra de R$ 11,5 bilhões em 2025 e de R$ 27,7 bilhões em 2026. A medida é considerada relevante no esforço de ajuste fiscal do governo federal.

No entanto, segundo o economista Tiago Sbardelotto, mesmo com o reforço na arrecadação, os recursos obtidos com o IOF não serão suficientes para atingir a meta de resultado primário nos próximos anos. Outras medidas ainda estão pendentes de aprovação no Congresso.

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Tarifas de 50% dos EUA reduzem projeção de exportações brasileiras

O governo dos Estados Unidos confirmou a imposição de tarifas de 50% sobre parte das exportações brasileiras a partir de 6 de agosto. Ainda assim, cerca de 42% dos produtos foram excluídos da taxação, em especial bens básicos.

Itens manufaturados seguem como os mais afetados, o que pode provocar um desvio de comércio significativo. A XP estima que as exportações brasileiras em 2025 serão R$ 3,5 bilhões menores, com possíveis impactos negativos no PIB e na inflação.

Expert XP 2025 reúne grandes nomes e celebra 15 anos

A edição especial da Expert XP 2025 reuniu grandes nomes como Arnold Schwarzenegger, Morgan Housel, Kelly Slater e Rodrigo Santoro. O evento celebrou os 15 anos da maior conferência de investimentos do mundo.

Além de debates sobre política e economia, o festival destacou temas como inovação, educação financeira e comportamento do investidor, reforçando o papel da XP na formação de uma nova geração de investidores.

Balanços mostram trimestre forte para empresas brasileiras

A temporada de resultados começou com sinal positivo para as empresas brasileiras. AmBev (ABEV3), Bradesco (BBDC4) e outras companhias divulgaram números sólidos, com crescimento em receitas, EBITDA e lucro líquido.

Nos EUA, as gigantes Meta (M1TA34) e Microsoft (MSFT34) também divulgaram balanços com forte desempenho, refletindo a resiliência das empresas de tecnologia. O mercado agora aguarda os resultados de outras empresas de peso nas próximas semanas.

Howard Marks: diversificar é a chave para investir bem

Durante a 10ª edição do Café Alocação e Fundos, o investidor Howard Marks, fundador da Oaktree Capital, compartilhou sua visão sobre a importância da diversificação. Segundo ele, essa é a melhor forma de se proteger do que não se sabe.

Em entrevista com Artur Wichmann, CIO da XP, Marks defendeu que investir é sobre convicção, mas diversificar é uma necessidade diante das incertezas do mercado. A conversa encerrou o evento com reflexões valiosas sobre gestão de risco.

XP impulsiona internacionalização dos fundos imobiliários

O XP Global REITs & FIIs Summit aproximou o mercado de fundos imobiliários brasileiro de investidores institucionais globais. O objetivo foi mostrar como os REITs (fundos imobiliários internacionais) podem contribuir para carteiras mais diversificadas e eficientes.

A crescente adoção desses veículos no exterior reforça uma tendência global: buscar mais sofisticação e alternativas na alocação de ativos imobiliários. A XP aposta que essa conexão internacional pode trazer novas oportunidades aos investidores locais.

Evite a manada: estratégia long/short mostra retorno de 18% ao ano

Setores com alta concentração de investimentos frequentemente passam por correções. Já os setores “subcomprados” tendem a se recuperar. Esse padrão tem sido explorado por estratégias long/short com retornos expressivos.

Desde 2016, esse tipo de abordagem rendeu 18% ao ano. Hoje, os setores mais comprados são elétricas, papel e celulose, e propriedades comerciais. Já os menos alocados incluem mineração e siderurgia, bancos e instituições financeiras.

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