‘Não cabe nem ao presidente da Câmara nem a ninguém qualificar essa ou aquela decisão’, diz Motta sobre prisão de Bolsonaro


Hugo Motta comenta sobre prisão de Jair Bolsonaro O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, nesta terça-feira (5), que a prisão domiciliar do presidente Bolsonaro é uma decisão judicial e ''deve ser cumprida'' e que não cabe a ninguém "qualificar". Bolsonaro foi preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações de Motta foram dadas durante inauguração do Hospital da Mulher, em João Pessoa. “Eu penso que o legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém estar comentando ou na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa ou aquela decisão. Há um processo, os advogados falam nos autos, o juiz da mesma forma, o que tem acontecido nesse processo inerente ao presidente Bolsonaro”, disse. Na segunda-feira (4), Jair Bolsonaro foi preso domiciliarmente após o ministro Alexandre de Moraes concluir que ele desobedeceu a proibição de uso de redes sociais, mesmo que de forma indireta. O ministro também determinou a apreensão de celulares e a proibição de visitas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PB no WhatsApp LEIA TAMBÉM Entenda a situação jurídica do ex-presidente Veja a sequência de fatos que levou à ordem de Moraes contra Bolsonaro Anistia Hugo Motta (Republicanos-PB) comentou sobre a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, após decisão do STF Ewerton Correia/TV Cabo Branco O presidente da Câmara dos Deputados também comentou sobre a intenção do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), da oposição, que declarou em coletivia que se assumir o comando da Câmara de forma interina, pautará a proposta independentemente da decisão do presidente Hugo Motta. ''Nós temos um colégio de líderes na casa, que juntamente com a presidência faz a pauta, esse é o critério que nós adotamos e seguirá sendo dessa forma. Nós temos um conselho de ética que apura tudo que pode ter contra qualquer parlamentar, de qualquer partido, de qualquer linha ideológica, e é dessa forma que a Câmara dos Deputados tem funcionado e irá seguir funcionando, respeitando o regimento, a nossa constituição e sempre procurando agir em favor do nosso país", comentou. Prisão do ex-presidente domina discussões O recesso parlamentar chegou ao fim nesta terça-feira, com um ambiente dominado pelo assunto da prisão do ex-presidente. Deputados de oposição anunciaram obstrução de pautas no Congresso, além de ocuparem o espaço onde trabalha a mesa diretora da Câmara dos Deputados – de onde são conduzidas as sessões da Casa – em forma de protesto. Entre as atitudes dos parlamentares pró-Bolsonaro, esteve a ausência de deputados da oposição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para 14h30, e que foi cancelada por falta de quórum uma hora depois do horário previsto para ser iniciada. Do lado do Senado Federal, parlamentares também ocupam a mesa de comando do plenário desde o início da tarde desta terça. Senadores têm se revezado na ocupação dos assentos. Por volta das 15h, uma das cadeiras era ocupada pelo filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, sentado à esquerda no plenário. A oposição afirma que impedirá a abertura dos trabalhos até o cancelamento das sessões ou sinalizações para a votação de pautas de interesse. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) cancelaram as sessões marcadas em ambas as Casas. Os anúncios foram feitos após a oposição ao governo anunciar obstrução dos trabalhos no Congresso. Hugo Mota também telefonou para o líder do PL, deputado Sostenes Cavalcante (RJ), e fez um apelo para que parlamentares bolsonaristas desocupem a Mesa Diretora da Casa. Bolsonaro em prisão domiciliar: entenda a situação jurídica do ex-presidente Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba