Profissionais que trabalham nas alturas vivem o dia a dia com João Pessoa vista de cima: ‘Uma experiência única’


Profissionais que trabalham nas alturas vivem o dia a dia com João Pessoa vista de cima Reprodução/TV Cabo Branco Neste 5 de agosto, dia em que João Pessoa completa 440 anos, muitos olhos se voltam para os marcos históricos, as praias e os bairros que compõem a capital paraibana. Mas há quem enxergue essa paisagem por um ângulo diferente: do alto. São trabalhadores que, seja pela profissão ou pelo acaso do ofício, têm o privilégio de contemplar a cidade de cima e transformam esse olhar em parte da rotina. A turista Nathalia Melo, de Brasília, experimentou essa sensação pela primeira vez durante uma visita à cidade. Ela conheceu João Pessoa de um dos pontos mais altos acessíveis ao público, de um bar de luxo localizado no 44º andar de um edifício no bairro do Altiplano, a 145 metros de altura. “Nunca tinha visto essa visão de cima de João Pessoa e eu fiquei muito curiosa porque são várias vistas lindas, a gente vê a cidade inteira de cima. Tudo muito lindo”, comentou a turista encantada com a vista panorâmica da capital. A mesma paisagem que impressiona os turistas faz parte do cotidiano de algumas pessoas. Como é o caso de Arthur Lins, garçom que trabalha no bar de luxo no Altiplano há 10 meses. “É uma experiência única, só quem trabalha aqui sabe. A gente tem o privilégio de trabalhar num dos bares mais altos do Nordeste e ter uma vista privilegiada da orla”, contou. Profissionais que trabalham nas alturas vivem o dia a dia com João Pessoa vista de cima Reprodução/TV Cabo Branco Mas nem só de ambientes sofisticados se vive a perspectiva aérea da capital. Alguns profissionais têm a vista como parte da missão e, em muitos casos, sob condições mais exigentes. É o caso dos eletricistas de transmissão, que realizam manutenções em redes de alta tensão e atuam, muitas vezes, a cerca de 30 metros de altura. Wellington Alves está há 14 anos na profissão e relata que, mesmo diante dos riscos, o que se vê do alto é um presente. “A gente trabalhou próximo da Mata do Buraquinho, onde de cima é uma vista muito linda, a gente consegue contemplar essa vegetação. E também na subestação de Tambaú, onde a gente consegue ver, do alto, a orla, o busto, os prédios. Então, são vistas que nos encorajam a fazer o que fazemos já com muita precisão”, relatou. Essa mesma cidade, com praias e contornos urbanos, também é observada de cima por quem atua na segurança pública. No Grupamento Tático Aéreo da Polícia Militar da Paraíba, os policiais têm como cenário de trabalho as alturas, durante patrulhamentos e operações com helicópteros. Profissionais que trabalham nas alturas vivem o dia a dia com João Pessoa vista de cima Reprodução/TV Cabo Branco Cabo Arthur Vilar, que atua como aerotático, posicionado armado na porta da aeronave durante as missões, descreve esse privilégio de forma humorada. “É muito gratificante a gente poder trabalhar, fazer o serviço policial, e também ao mesmo tempo estar contemplando, vendo as paisagens. Eu até brinco com alguns companheiros, pois o ‘pessoal paga para andar de helicóptero e a gente recebe para voar’, tendo a responsabilidade, mas a gente é agraciado com aquele visual, com tudo o que a gente passa ali em cima”, disse o policial. O tenente-coronel Carlos Nascimento, com 14 anos de atuação nesse tipo de policiamento, reflete sobre como essa visão aérea muda a percepção da cidade. “Observar João Pessoa de um panorama diferente é gratificante, porque é uma cidade bonita, bela realmente, e essa divisão Centro/Praia, Norte/Sul só faz sentido quando a gente está embaixo, quando a gente está em cima voando a cidade é única. É uma única cidade, que se complementa com o Centro, com as praias e com os bairros. Então é magnífico ver a cidade de cima”, disse. De cima, João Pessoa revela uma beleza que passa despercebida ao nível do chão. E para quem trabalha nas alturas, essa vista faz parte da rotina. Quem atua em profissões elevadas tem uma vista especial da capital paraibana Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba