HAPV3: ações da Hapvida saltam mais de 8% após balanço e expectativas de crescimento


As ações da Hapvida (HAPV3) registraram fortes ganhos nesta quinta-feira (14), após os resultados do segundo trimestre de 2025, divulgados na noite da última quarta. Os ativos HAPV3 subiram 8,29%, a R$ 37,77, liderando as altas do Ibovespa.
A empresa de planos de saúde apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, declínio de 69,6% ante a mesma etapa do ano passado, com menor desempenho operacional.
Na visão do Bradesco BBI, o 225 da Hapvida foi de misto a levemente positivo em geral, devido a boas adições líquidas (57 mil vidas, contra uma perda de 70 mil no 1T25 e a projeção de zero do BBI).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 845 milhões (ajustando para R$ 202 milhões em provisão de ressarcimento do SUS e R$ 48 milhões em impactos não recorrentes em outras despesas operacionais) ficou 2% abaixo do esperado, enquanto o resultado financeiro de R$ 345 milhões (ajustando para R$ 72 milhões relacionados a encargos retroativos do SUS e baixa de depósitos judiciais) ficou 3% acima do esperado.
A receita líquida cresceu 7,3% em relação ao ano anterior, com a sinistralidade (caixa) crescendo 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (em linha com a sazonalidade).
A margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada caiu 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, conforme esperado, para 11% -mas a surpresa negativa foi a provisão para ressarcimento do SUS, que a Hapvida espera aumentar para 1,2 a 1,5% da receita daqui para frente (contra 1,1% que o banco projeta), ressalta o BBI. A geração de caixa foi de R$ 148 milhões (impactada negativamente por R$ 203 milhões do aumento dos depósitos judiciais do SUS), abaixo dos R$ 181 milhões que esperávamos, que consideravam R$ 250 milhões do SUS. Por fim, os novos depósitos judiciais cíveis permaneceram estáveis em R$ 135 milhões (R$ 136 milhões no 1T25)
Após a publicação dos resultados, o BBI manteve a recomendação de compra para HAPV3, em função principalmente do valuation atual das ações, que negociam a 8,6 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) para 2026, além de melhores perspectivas de crescimento, com adições líquidas revertendo a tendência negativa.
A XP Investimentos apontou que a Hapvida apresentou resultados neutros no 2T, impactados por efeitos não recorrentes e dinâmicas difíceis de interpretar. Com o processo de integração do NDI, a companhia revisou sua estrutura de custos e despesas, e a gestão identificou algumas despesas diretamente relacionadas às operações assistenciais. Essas despesas passaram a ser reclassificadas como custos assistenciais, o que resultou em um MLR (índice de sinistralidade) pró-forma mais elevado em comparação aos números reportados em trimestres anteriores.
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O Itaú BBA destaca ainda a teleconferência da companhia. Durante o evento, a empresa enfatizou suas fortes expectativas de crescimento da base de beneficiários, impulsionada pelo fortalecimento tanto da grade de produtos quanto do relacionamento com corretoras de seguros.
A companhia também explicou ao mercado os efeitos pontuais que impactaram os resultados do trimestre, como as provisões extraordinárias do SUS e a reclassificação de despesas para custos. “No geral, o feedback do lado comprador sobre a teleconferência foi positivo, com as principais preocupações antes dos resultados – crescimento da base de beneficiários, MLR de caixa e o impacto de ações cíveis – sendo abordadas pelos resultados e pela discussão atual. Dada a recente fraqueza da ação desde os resultados do 1T25, esperamos uma reação positiva do mercado hoje”, ressaltou, em relatório antes da publicação de resultados.
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