Ações do GPA (PCAR3) testam resistências após altas e mudanças no controle
As ações do GPA (PCAR3) vêm ganhando fôlego na Bolsa em meio a um turbilhão de mudanças societárias e sinais de reação técnica nos gráficos.
A escalada da participação da família Coelho Diniz, que agora detém quase 25% do capital ordinário, somada às recentes renúncias na diretoria e no conselho fiscal, reforçou a percepção de que a companhia atravessa um momento importante de reestruturação e disputa por influência no comando.
No mercado, esse novo arranjo acionário impulsionou fortes altas nos papéis, enquanto, pelo lado técnico, PCAR3 rompe faixas importantes de resistência e mantém investidores atentos ao potencial de continuidade da recuperação. No ano, as ações sobem 38%.
Para entender até onde o preço das ações do GPA (PCAR3) pode ir, confira a análise gráfica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica GPA (PCAR3)
Pelo gráfico diário, PCAR3 vinha de um movimento de baixa até encontrar suporte em R$ 2,61, de onde partiu a reação. Desde então, acumula cinco altas consecutivas, negociando, agora, em R$ 3,63, já acima das médias curtas de 9 e 21 períodos.
Para confirmar a continuidade do movimento comprador, será essencial superar a faixa de R$ 3,72 / R$ 3,95, abrindo espaço para os próximos alvos em R$ 4,24 / R$ 4,44 e, em seguida, R$ 4,67 / R$ 4,95.
Do lado da defesa, o suporte imediato está em R$ 3,26 / R$ 3,19, seguido por R$ 3,00 e depois pela região de R$ 2,74 / R$ 2,61. A perda desses patamares recolocaria a pressão vendedora no radar, com possibilidade de teste em níveis mais baixos, como R$ 2,35 / R$ 2,18.
O IFR (14) diário está em 63,81, próximo à zona de sobrecompra, o que exige cautela diante do alongamento do movimento.
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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, PCAR3 mantém um viés de baixa, mas com comportamento lateral nas últimas semanas. O ativo tem respeitado faixas bem definidas de suporte e resistência, negociando agora em um movimento de tentativa de reação.
Em agosto, acumula alta de 3,12%, cotado a R$ 3,62, e no acumulado de 2025 já sobe 42,35%. Esse desempenho reforça o interesse comprador, mas ainda dentro de um quadro de consolidação.
Para que essa recuperação se sustente, será necessário superar, com volume, a região de R$ 3,95 / R$ 4,44, mirando posteriormente R$ 4,95 / R$ 5,56, até a resistência superior em R$ 6,00.
Pelo lado negativo, a perda do suporte em R$ 2,61 reabriria espaço para quedas até R$ 2,35 / R$ 2,18, considerado fundo histórico recente. O IFR (14) semanal está em 57,28, em zona neutra, reforçando a leitura de consolidação no médio prazo.
Suportes e resistências
PCAR3 (GPA)
Com base no fechamento do dia 27/08, aos R$ 3,63, as ações de GPA contam com:
- Suportes de curto prazo em R$ 3,26 (1), R$ 3,00 (2) e R$ 2,61 (3);
- Resistências de curto prazo em R$ 3,72 (1), R$ 3,95 (2) e R$ 4,44 (3).
- Suportes de médio prazo em R$ 2,61 (1), R$ 2,35 (2) e R$ 2,18 (3);
- Resistências de médio prazo em R$ 3,95 (1), R$ 4,95 (2) e R$ 6,00 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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