Será o amor ainda o mesmo?


Uma reflexão sincera e atual sobre o Dia dos Namorados, o verdadeiro compromisso e os valores que atravessam gerações.

Dia dos Namorados!

Celebrado em muitas nações ao redor do planeta, a verdade é que, dentre as 202 nações existentes em nosso globo, entre 150 a 180 comemoram esta data.

“Namorado” é uma expressão muito própria do universo de língua portuguesa. No mundo hispano, corresponde a “novio”, e em inglês, a “boyfriend”. Contudo, sejamos francos: hoje em dia, esse termo parece ter se tornado algo passageiro, quase volátil, em meio a uma sociedade marcada pela pressa e pela superficialidade. O namorado ou a namorada deste mês, muitas vezes, já não será o do próximo. Aquele respeito, o compromisso e o cuidado de outrora já não se expressam — nem se vivem — em sua totalidade.

Vivemos tempos em que muitos casais optam por conviver juntos sem o casamento oficial, têm filhos e mantêm um relacionamento de “namorados” desprovido de compromissos mais profundos, deixando, muitas vezes, seus filhos desprotegidos legalmente, sem a estrutura de um lar organizado sob critérios sólidos.

O que fazer diante disso? Assumir o papel de xerife não seria nem correto, nem viável — tampouco legal. Parece que esse modelo de relacionamento se tornou, infelizmente, a norma em muitas vidas e lares que já não seguem as tradições dos velhos pais.

Lembro-me, por exemplo, de uma experiência pessoal. Há mais de dez anos corto meu cabelo num salão vietnamita. Certa vez, perguntei à jovem senhora:
— És casada com o cabeleireiro ao lado?
Ela respondeu com naturalidade:
— Não, somos apenas boyfriend. Tenho filhos de 16 e 18 anos, mas de outro relacionamento. Apenas nos admiramos, sem grandes compromissos.

Não quero, com isso, roubar a beleza e o encanto deste dia. Felizmente, ainda há casais — inclusive entre as novas gerações — que preservam conceitos saudáveis e princípios sólidos.

Quanto a mim, celebro esta data como um namorado-enamorado, lutando para viver os preceitos e valores que dignificam o verdadeiro matrimônio.

Elcio Nunes

Elcio Nunes

Deixe um comentário