Racha entre União Brasil e PP com governo Lula pode impactar cenário eleitoral de 2026 na Paraíba

A crescente insatisfação dos partidos União Brasil e Progressistas (PP) com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ganhado novos contornos e pode gerar desdobramentos significativos nas articulações para as eleições de 2026 — especialmente na Paraíba, onde o PP é aliado do governo federal, enquanto o União Brasil integra a oposição local.

Segundo informações do jornalista Cláudio Humberto, os dois partidos marcaram uma reunião para discutir a entrega de cargos de segundo e terceiro escalão no governo federal, incluindo posições estratégicas em estatais. A medida marca o início de um processo de rompimento que pode culminar, ainda este ano, com o desembarque total das duas siglas da base governista em Brasília.

Embora os ministros ligados às legendas permaneçam por mais alguns meses, a orientação é que deixem seus cargos até dezembro. “O desembarque completo pode acontecer ao longo do segundo semestre. Os ministros estão livres para manter suas ‘boquinhas’ até dezembro”, afirmou Cláudio Humberto durante o programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

A possível saída conjunta do União Brasil e do PP amplia a margem de manobra para o presidente Lula reorganizar sua base política, mas também lança incertezas sobre os próximos movimentos partidários nos estados. Na Paraíba, por exemplo, o PP tem posição consolidada no apoio ao governador João Azevêdo (PSB) e à gestão petista, enquanto o União Brasil, em campos opostos, já articula alianças com setores mais à direita.

A tensão entre os dois partidos — que compõem a federação informalmente chamada de “União Progressista” — também reflete o desejo de não entrar no ano eleitoral de 2026 “de braços dados com o governo Lula”, segundo declarou o jornalista.

Nos bastidores, analistas avaliam que esse distanciamento pode alterar alianças regionais, influenciar pré-candidaturas e até definir o comportamento dos blocos partidários em disputas estaduais e federais. O rompimento em nível nacional pode, portanto, ter reflexos diretos no tabuleiro político paraibano.

Redação com Band/UOL

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