Azevêdo evita embate com Cícero, defende construção coletiva e reitera disposição para o Senado: “Plano A”
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), respondeu com sutileza à declaração do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), feita na última segunda-feira (7), de que “só Deus e o povo” poderiam impedi-lo de se candidatar a governador na eleição de 2026. Durante entrevista ao programa 60 Minutos, nesta quinta-feira (10), Azevêdo disse que “não sou enviado de Deus para mudar quem quer que seja de ideia. Isso não funciona assim”.
O governador também deixou claro que sua candidatura ao Senado é uma realidade consolidada. “Só um terremoto pode impedir minha candidatura”, afirmou, ressaltando que se trata de um projeto coletivo e bem articulado, fruto da base aliada e da estratégia partidária. “Eu faço política de grupo”, completou.
Azevêdo destacou ainda que, com eventual saída dele para disputar o Senado, caberá ao vice-governador Lucas Ribeiro (PP) decidir se será candidato ao governo estadual, sempre em diálogo com a base política.
A declaração de Cícero, que também defende critérios claros na escolha do candidato governista para 2026, foi feita durante o programa Correio Debate, e mostra a disposição do prefeito em participar da sucessão estadual, condicionando sua saída apenas “pelo povo e por Deus”. Nos bastidores, ele afirma que não discutirá candidatura individualmente, mas espera que a definição respeite um processo transparente.
Para 2026, o PSB e seus aliados – entre eles o Progressistas, Republicanos, Solidariedade e parte do PT – prometem alinhar uma candidatura competitiva e respeitar a composição de forças do grupo governista. Segundo Azevêdo, todas as decisões ocorrerão com serenidade, sem pressa, após as festividades juninas.
Redação