Condenado por estupro de vulnerável, médico está preso em João Pessoa e passa por acompanhamento psicológico

Condenado a 22 anos e 8 meses de prisão por estupro de vulnerável contra duas vítimas, o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima está atualmente recolhido no presídio do Valentina, em João Pessoa. De acordo com a defesa, ele divide cela com outro detento e apresenta estado emocional abalado, com dificuldades para se alimentar e sob acompanhamento psicológico.

A sentença foi proferida pela 4ª Vara Criminal da Capital, que também determinou o pagamento de R$ 100 mil para cada vítima, totalizando R$ 200 mil em indenizações por danos morais. Na decisão, a Justiça destacou a gravidade dos crimes, a condição de vulnerabilidade das vítimas e a capacidade financeira do réu.

Segundo o advogado Lucas Mendes, a defesa ainda estuda recorrer da condenação.

“Estamos amadurecendo a questão do recurso. O prazo se encerra na próxima semana, e iremos interpor. Buscaremos as absolvições”, afirmou.

Uma das vítimas, Gabriela Vilar Viana, que é sobrinha do médico, celebrou a condenação, mas fez um alerta:

“A condenação nos dá força e conforto em saber que a Justiça está acontecendo. Mas é preciso vigilância para que a pena não seja revertida em prisão domiciliar. O único lugar onde um pedófilo não tem contato com crianças é dentro de uma cela.”

O médico foi absolvido em relação a outras duas vítimas citadas no processo por falta de provas suficientes. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ainda avalia se irá recorrer dessas decisões absolutórias.

O caso segue gerando forte repercussão, especialmente por envolver uma figura pública da área da saúde, e reforça os debates sobre a proteção de crianças e adolescentes e a efetividade do sistema penal em casos de crimes sexuais.

Redação

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