Serviço 99Moto diz que projeto quer proibir atuação em Afogados
O Projeto de Lei, segundo o Blog Juliana Lima, prevê que “os serviços poderão ser realizados por meio de solicitação direta do passageiro, assim como por meio de aplicativo de passageiros”.
“Considera-se aplicativo de passageiros, para os fins desta lei, aquele que tenha conexão com a Internet e exija o pré-cadastro do usuário do serviço, assim como o prestador do serviço”, diz a lei, que também versa sobre a fiscalização na cidade.
“No caso de a fiscalização flagrar o exercício da atividade de moto-taxista por pessoa não autorizada pelo Poder Público Municipal, será apreendido o veículo, assim como será imposta multa no valor de um salário mínimo”.
Mototaxistas que atuam no 99Moto, serviço que diz prometer preços mais baixos que os mototaxistas convencionais estão apreensivos. Na sua rede social, postaram: “amanhã na Câmara de Vereadores em caráter de urgência (por que será?) vai ter uma votação para o fim dos amarelinhos em nossa cidade. Certifique-se se o seu vereador vai ser a favor desse projeto que nos tira de circulação”.
Na cidade, há uma disputa entre os amarelinhos e a Associação dos Mototaxistas de Afogados da Ingazeira, capitaneada pelo vereador Mário Martins. Os mototaxistas usam o aplicativo Xama. Pelo menos no ar, já garantiram não querer impedir o serviço do 99Moto, mas o grupo amarelo já apresentou áudios de ameaças à sua atividade.
Outro rolo é que há ainda os híbridos, mototaxistas convencionais que também tem cadastro no 99Moto para ter mais rotatividade.
Clique aqui e veja o Projeto de Lei.
Município pode proibir?
Sim, é possível que municípios proíbam ou regulamentem o serviço de transporte por moto (Uber Moto e 99Moto) através de seus próprios decretos e leis, mas a questão ainda é controversa e tem sido alvo de disputas judiciais. Por isso, essa prerrogativa precisa passar pela Câmara.
Em São Paulo, a Lei 18.156, recentemente aprovada, transfere para os municípios a prerrogativa de autorizar ou proibir o transporte por moto, observando o interesse local e as peculiaridades de cada cidade. Isso significa que, embora o STF tenha decisões favoráveis à legalidade do serviço, em geral, os municípios têm o poder de definir regras específicas ou até mesmo proibir a atividade em seus territórios.